Sindicatos e conselhos irão deliberar a realização de uma marcha até a prefeitura
Com atendimentos suspensos, previsão de atrasos salariais e ameaça de demissão em massa na Santa Casa da Capital, sindicatos e conselhos organizam uma grande mobilização para esta sexta-feira, 8, no sentido de cobrar da prefeitura providências para crise financeira do hospital. Uma marcha em protesto à interrupção do repasse também deve acontecer na próxima terça-feira, 12.
A expectativa é que mais de 2.000 profissionais participem de uma assembleia geral, a partir das 12h, no auditório do hospital convocada pelo SIEMS (Sindicato dos Profissionais da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), SINTESAÚDE/MS (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul) e SINTERMS (Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia em Empresas Públicas e Privadas no Estado de Mato Grosso do Sul).
Os profissionais irão deliberar ações para pressionar a prefeitura municipal a acelerar as articulações para firmar o contrato além de tratar sobre a realização de uma possível marcha no próximo dia 12 que sairá da Santa Casa até a prefeitura. O presidente do SIEMS, Lázaro Santana, avalia que a mobilização demonstra o descontentamento da categoria com a postura da prefeitura municipal. “O contrato entre o hospital e município venceu no dia 07 de abril. Desde então, participamos de duas reuniões com representantes patronais, autoridades municipais e representantes dos trabalhadores, mas até o momento não houve evolução na assinatura do contrato, a prefeitura mantém-se resistente, enquanto isso, os profissionais e a sociedade podem sofrer as consequências e isso é inadmissível”, indigna-se o presidente.
O impasse tem gerado uma série de transtornos ao atendimento na Santa Casa que ameaça até mesmo demissões em massa caso a renovação do contrato não seja sinalizada pelo município. Impasse Em reuniões, representantes da Santa Casa expuseram as dificuldades da instituição esclarecendo que o valor necessário para manter os serviços hospitalares é de 4 milhões mensais (R$ 3 milhões para os procedimentos de média complexidade e R$ 1 milhão para os de alta complexidade). Já a prefeitura afirma que somente é possível o valor de 3 milhões mensais (R$ 2 milhões para os procedimentos de média complexidade e R$ 1 milhão para os de alta complexidade). O município busca parceria com o Estado para o repasse mensal de 1 milhão, somando o valor necessário para a sobrevivência do hospital. No entanto, informações recentes da Secretaria Estadual de Saúde, destacam que o governo solicita prazo de dois meses para firmar a parceria.
“A área de saúde deve ser levada a sério e tratada com prioridade. Quantas pessoas podem ser prejudicadas nesse período? É preciso tratar a população e os trabalhadores com dignidade. É nosso dever, como trabalhadores, e de cada campo-grandense, como cidadão, cobrar dos nossos representantes públicos a seriedade nesta questão do contrato com o maior hospital do Estado”, ressalta Lázaro Santana.
Publicado pelo site www.diariodigital.com.br