A segunda palestra do II Seminário de Saúde Mental, promovida pelo Getrin 24, no dia 30 de abril, no anfiteatro do Museu Dom Bosco, em Campo Grande-MS, foi ministrada pela enfermeira Francielle Rezende, que abordou o tema: Intervenção Educacional sobre Prevenção e Pósvenção de Suicídio.
A enfermeira discorreu sobre resultado de projeto executado com profissionais de saúde e agentes de saúde da capital. Destacando que a capacitação por meio dos encontros desenvolvidos e atividades realizadas, gerou sensibilização e maior percepção dos profissionais quanto à prevenção ao suicídio e até mesmo auxílio aos familiares de pessoas que se suicidaram.
“Os profissionais da saúde podem ajudar a identificar pacientes com pensamentos suicidas, as unidades de saúde são porta de entrada desses pacientes. Além disso, podem auxiliar os colegas que adoecem mentalmente e até mesmo ficar atento à própria saúde mental” alertou a enfermeira.
Francielle, presentou a metodologia utilizada no projeto, como questionários, encontros e diálogos: *Nas percepções iniciais, segundo a palestrante, a maioria apresentaram argumentos de que não se inseriam na qualidade identificar ou intervir em casos de pacientes com pensamentos suicidas".
A enfermeira evidenciou mudanças nas percepções dos participantes ao final do Projeto. “Após os encontros, os profissionais sentiram-se mais preparados para identificar as frases de alerta das pessoas com comportamento suicida, seguros para fazer abordagens a pessoas com sentimentos suicidas – objetivando a prevenção, apontaram necessidade de maior envolvimento entre os membros da equipe e apresentaram a possibilidade de posvenção ao suicídio, unindo famílias que perderam entes. Houve uma mudança de comportamento dos profissionais que participaram em relação à percepção do suicídio”, analisou.
A vice-presidente do SIEMS, Helena Delgado, aponta que diante do discorrido por Franciele, é fundamental que se preparem os profissionais. “Com a explanação fica evidente a importância de investimento - por parte dos gestores - para capacitação dos profissionais da saúde, desta forma pode diminuir os índices de suicídio na população e aumentar os auxílios aos profissionais que estejam psicologicamente abalados no ambiente de trabalho”, analisa.
Fonte: Adriana Miceli - SIEMS