A Enfermagem se depara com mais um embate. Entidades do setor da saúde entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a Lei nº 14.314/2022 que estabelece o Piso Salarial da Enfermagem.
A ação foi movida pela a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), e a Federação Brasileira de Hospitais (FBH).
Nota de Repúdio
A CNTS(Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde) lançou Nota de Repúdio com o título: Os inimigos da enfermagem mostram suas garras novamente. Na qual rechaça a postura patronal destacando o interesse permanente das empresas pelos lucros exorbitantes, a qualquer custo.
Conforme a CNTS os grandes hospitais privados do país tiveram lucros recordes durante a pandemia e, no entanto, continuam com a política perversa de manutenção da mão de obra barata com o objetivo de obter mais e mais lucro com a prestação dos serviços de saúde.
"Atacar uma lei que foi conquistada através de muita luta e compromisso do Poder Legislativo com essa categoria, apenas demonstra que o setor patronal se preocupa tão somente com a obtenção de lucros, deixando para segundo plano a qualidade da assistência prestada aos usuários, bem como a dignidade e valorização dos trabalhadores da saúde.", critica a CNTS.
O presidente do SIEMS, Enfermeiro Lázaro Santana, que também é diretor da CNTS explica que as entidades trabalhistas já estão se movimentando e não aceitarão esse golpe contra a categoria. "A CNTS já está em articulação no Supremo Tribunal Federal, vamos continuar mobilizados. Enfermagem, o Piso Salarial foi uma conquista história, fruto de muita mobilização, mas acima de tudo, da real necessidade dos profissionais. Continuemos lutando, não só pela manutenção da Lei, mas também pela valorização da Enfermagem" destaca.
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Fonte: Assessoria SIEMS, com informações da CNTS e Correio Braziliense