Com database em 1º de maio, categoria tenta negociar reajuste salarial desde março
A negociação salarial entre a Associação Beneficente/Santa Casa de Corumbá (MS) e os profissionais de enfermagem enfrenta impasse. Com salários defasados há 5 anos, a categoria reivindica reajuste salarial de 11,3%, mas, após duas reuniões - a primeira 29 de março e a segunda em 10 de julho - a administração do hospital se mantém inflexível na resposta de zero por cento de reajuste salarial.
Em mais uma tentativa de negociação, categoria solicitou intermediação do Ministério Público do Trabalho e alertam que se não houver proposta concreta, a última alternativa será a paralisação das atividades. A reunião no MPT será no dia 22 de agosto, ás 15h, na Procuradoria Regional do Trabalho, em Campo Grande(MS).
Defasagem
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS) o salário da categoria está prejudicado há 5 anos, todo este período soma uma defasagem salarial de 35%. Um auxiliar de enfermagem, por exemplo, que trabalha 44 horas semanais, recebe apenas R$ 965,18. Além disso, a categoria aguarda o pagamento, procedente de uma ação transitada e julgada – defendida pelo sindicato, no valor de 1 milhão de reais referente a dívidas trabalhistas.
Greve e Impactos
O presidente do SIEMS, Lázaro Santana, explica que a categoria quer negociar e espera que o hospital de sensibilize. “Os trabalhadores da área de enfermagem tentam todas as alternativas para negociar porque sabem dos impactos que uma greve pode ocasionar, ainda mais no hospital que tem um quadro já deficiente de profissionais e alta demanda de procura pela sociedade. Mas, se o hospital mantiver a inflexibilidade em nada de reajuste, não restará outra alternativa, a categoria paralisará as atividades”, destaca.
Fonte: SIEMS